6.3.07

Europa sem Vida, a caminho da Eurábia

A ideia de Eurábia deriva de uma teoria da conspiração que prevê uma Europa onde a cultura dominante não seja a ocidental, e sim a islâmica, e na qual a imigração multiplique os adeptos desta religião. Este conceito foi desenvolvido por Bat Ye'or e popularizado em vários livros por Oriana Fallaci, entretanto falecida. Bat Ye’ór é uma escritora britânica famosa agora pelo seu livro Eurábia: The Euro-Arab Axix, onde apresenta e desenvolve esta teoria.
Uma importante razão para que possa surgir uma Eurábia, daqui a algumas décadas, tem a ver com a cultura de morte que se instalou na Europa, especialmente com o aborto, à qual os políticos portugueses e uma elite dita intelectual adere freneticamente. A Europa é presentemente um continente velho e de velhos, portanto sem Vida.
A taxa de natalidade na Europa é tão baixa que não nascem actualmente o número de crianças suficiente para garantir, já não o crescimento da população, mas a simples substituição das gerações. E por isso tem uma população bastante envelhecida, com todas as consequências nefastas ao nível dos sistemas da segurança social e dos sistemas de saúde, problemas que todos nós conhecemos em Portugal. Segundo análise e estudo do Prof. Gunnar Heinsohn, da Universidade de Bremen, no início do século XX os jovens europeus representavam 22% da população de jovens do mundo. Em 2020 serão apenas 7%. Por seu lado a percentagem mundial de jovens muçulmanos cresce de 9% para 30%. Em 2020 por cada 2 jovens europeus haverá 4 jovens em países muçulmanos.
E sabem por que isto vai acontecer? Em grande parte devido à cultura da morte que se instalou na Europa. Pela inexistência de verdadeiras políticas de apoio à maternidade e à natalidade e ao invés por politicas inconcebíveis de apoio ao aborto.
A Europa está perfeitamente “cercada” por países árabes que não liberalizaram o aborto, mantendo assim políticas muito restritivas: Irão, Iraque, Afeganistão, Egipto, Líbia, Sudão, Emirates Árabes, Yemen e Oman. E ainda por outro grupo de países árabes com legislação que permite o aborto apenas quando há perigo de vida da mãe e malformação do feto: Marrocos, Kuwait, Arábia Saudita e Paquistão. Países estes que têm uma política semelhante à de Portugal e da Polónia. Por conseguinte os muçulmanos têm Vida e em abundância. E as comunidades islâmicas instaladas já nas capitais europeias muito mais fecundas e sem recorrerem ao aborto vão crescendo e crescendo perante a passividade dos caquécticos políticos europeus. Se calhar a verdadeira Jihad (guerra santa) não será bélica, mas sim uma guerra demográfica, bem mais subtil e pacífica.
E assim, se não arrepiarmos caminho, caminhamos todos alegremente para a Eurábia, uma Europa descaracterizada, sem referências, sem princípios, quiçá dominada pelos islamitas. E Portugal, no dia 11 de Fevereiro, tem mais uma oportunidade para fazer a diferença e repudiar o aborto, a favor de uma Europa da Vida, onde todas as crianças são bem-vindas.
Naturalmente que repudiamos o aborto porque se trata da morte de um ser humano. O que não se compreende é que esta tal elite de políticos e de intelectuais, defensores da morte, não perceba estas graves consequências demográficas do aborto. Com o crescimento económico e populacional dos países árabes, e ainda das denominadas duas “baleias”, (China e Índia) uma nova ordem mundial poderá estar na sua génese. E com a Europa a ficar para trás bem como os Estados Unidos. Por que sem pessoas, mormente jovens, não há desenvolvimento económico.
Segundo o INE o índice de envelhecimento de Portugal é de 110 idosos para cada 100 jovens. O índice de fecundidade é de 1,41 crianças por mulher. Não dá para repor ao menos a população. Faltam em Portugal 50.000 nascimentos por ano. Se a liberalização do aborto for avante teremos uma situação muito mais grave.
Por isso é que Matilde Sousa Franco, deputada pelo Partido Socialista, dizia ainda recentemente: Votar Não, coloca Portugal pioneiro do humanismo. Assim esperamos.

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